[EN]
Christopher Max Stahl Wenner, son and grandson of diplomats, better known as Max Stahl, was born on December 6, 1954 in the United Kingdom.
He became best known as a journalist and war reporter. He lived in Bolivia, El Salvador, and later in Austria and England.
He mastered Spanish, English, French, Russian, Swedish, German and Portuguese (which he spoke easily). Of his professional work, highlights include covering the conflicts in Chechnya, Georgia and Yugoslavia.
In 1991 he went to Timor where he lived and documented one of the country's most dramatic moments: the massacre at the Santa Cruz cemetery, in Dili. After being interrogated by the Indonesian military, Max returned to the Santa Cruz cemetery and recovered the cassettes he had hidden in a grave, handing them over to a priest and a Dutch woman who were leaving the territory. The images of the massacre at the Santa Cruz Cemetery spread around the world and forever changed the history of East Timor.
In 1999 he returned to Timor, adopting the name Max Stahl, for security reasons.
Among the many awards that have been granted to him due to his work in conflict zones (Balkans, El Salvador, among others), the Rory Peck Award (2000) stands out, an award given to freelance camera operators who put their lives in risk in reporting.
Max Stahl created, in Timor, the Max Stahl Audiovisual Center in Timor-Leste (CAMSTL) where his archives are kept with the images he captured throughout his last years of life. This archive, comprising a total of around 5 thousand hours of video, was considered by UNESCO as a Record of the Memory of the World and was the subject of preservation and dissemination work, for the purposes of teaching and research into the history of Timor, within the scope of a cooperation protocol established between the University of Coimbra, the National University of East Timor and CAMSTL.
Max Stahl has been a member of the Council of Patrons of the Escola Portuguesa Ruy Cinatti – CELP since 2013, having provided an invaluable service to the cause of Portuguese language and culture in East Timor.
While he was still alive, he saw his name included in the Timorese school curriculum.
He passed away on October 27, 2021, at the age of 66 in the Australian city of Brisbane, victim of a prolonged illness.
The moment presented here was captured at Escola Portuguesa Ruy Cinatti, in Dili, on September 18, 2015.
[PT]
Christopher Wenner, filho e neto de diplomatas, mais conhecido como Max Stahl, nasceu a 6 de dezembro de 1954 no Reino Unido.
Ficou mais conhecido como jornalista e repórter de guerra.
Viveu na Bolívia, em El Salvador, e depois na Áustria e em Inglaterra.
Viveu na Bolívia, em El Salvador, e depois na Áustria e em Inglaterra.
Dominava espanhol, inglês, francês, russo, sueco, alemão e português (que falava com facilidade).
Dos seus trabalhos profissionais, destaque para a cobertura dos conflitos na Chechénia, Geórgia e Jugoslávia.
Em 1991 foi para Timor onde viveu e documentou um dos momentos mais dramáticos do país: o massacre no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Depois de interrogado pelos militares indonésios, Max voltou ao cemitério de Santa Cruz e recuperou as cassetes que havia escondido numa campa, entregou-as a um padre e a uma holandesa que estavam de saída do território.
As imagens da chacina no Cemitério de Santa Cruz correram o mundo e mudaram para sempre a história de Timor Leste.
As imagens da chacina no Cemitério de Santa Cruz correram o mundo e mudaram para sempre a história de Timor Leste.
Em 1999 regressou a Timor, adotando o nome de Max Stahl, por razões de segurança.
Entre os muitos prémios que lhe foram concedidos devido ao seu trabalho em zonas de conflito (Balcãs, El Salvador, entre outros), destaca-se o Rory Peck Award (2000), um prémio atribuído a operadores de câmara freelancer que colocam a vida em risco em reportagem.
Entre os muitos prémios que lhe foram concedidos devido ao seu trabalho em zonas de conflito (Balcãs, El Salvador, entre outros), destaca-se o Rory Peck Award (2000), um prémio atribuído a operadores de câmara freelancer que colocam a vida em risco em reportagem.
Max Stahl criou, em Timor, o Centro Audiovisual Max Stahl em Timor-Leste (CAMSTL) onde são guardados os seus arquivos com as imagens que captou ao longo dos seus últimos anos de vida. Esse arquivo, num total de cerca de 5 mil horas de vídeo, foi considerado pela UNESCO como Registo da Memória do Mundo e foi objeto de um trabalho de preservação e divulgação, para fins de ensino e investigação acerca da história de Timor, no âmbito de um protocolo de cooperação estabelecido entre a Universidade de Coimbra, a Universidade Nacional de Timor Leste e o CAMSTL.
Max Stahl integrava desde 2013 o Conselho de Patronos da Escola Portuguesa Ruy Cinatti – CELP, tendo prestado em Timor Leste um serviço inestimável à causa da língua e cultura portuguesas.
Ainda em vida, viu o seu nome ser incluído no currículo escolar timorense.
Faleceu no dia 27 de outubro de 2021, aos 66 anos na cidade australiana de Brisbane, vítima de doença prolongada.
O instante aqui apresentado foi capturado na Escola Portuguesa Ruy Cinatti, em Díli, no dia 18 de setembro de 2015.